AS LIGAÇÕES FINANCEIRAS DA CAMPANHA...
-> COMITÊ FINANCEIRO ÚNICO DO PCdoB RECEBE "GENEROSA" DOAÇÃO:
Nome: ARACRUZ CELULOSE S/A (*)
CPF/CNPJ: 42157511003934
Data: 19/10/2006
Valor: 17.801,02
Tipo:Recursos de pessoas jurídicas
(faça sua própria consulta no site do TSE)
FONTE:http://www.tse.gov.br/sadSPCE06F3/faces/codespRecList.jsp
DATA: 03/06/2007.
-> VEJA MAIS "GENEROSIDADE" EMPRESARIAL:
Candidato. . . . . . . . . . . . . Aracruz . . . . . . . .Stora Enso
Adão Villaverde (PT) . . . . R$ 17.503,29
Ronaldo Zulke (PT) . . . . . R$ 12.872,79 . . . . .R$ 8.039,27
Luís F. Schmidit (PT) . . . .R$ 7.471,50 . . . . . .R$ 7.953,93
(leia mais)
FONTE: http://www.agenciachasque.com.br/boletinsaudio2.php?idtitulo=210f81861f522acc2e456d2f76c41028
DATA: 03/06/2007.
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(*) A EMPRESA ARACRUZ ESTÁ NO CENTRO DA POLÊMICA DO CHAMADO "DESERTO VERDE":
Haja Eucalipto: Produção deverá atender a indústria de energias alternativas.
Representante da Agapan diz que eucalipto será matéria-prima para produção de biocombustível e irá concorrer com o petróleo.
Sebatião Pinheiro (esq) disse que estamos vivendo a terceira Revolução Verde, sem nem saber.
Aplausos, contestações, discordâncias e muito argumento marcaram a tarde desta sexta, dia 1º, no Seminário estadual “Rumos na luta contra o deserto verde – Esta terra tem dono” realizado pela Seção Sindical dos Docentes da UFSM (SEDUFSM). O auditório Sérgio Pires lotou de estudantes, professores, entidades ambientais, sindicalistas e movimentos sociais. Cerca de 180 pessoas acompanharam com olhares atentos os painéis sobre a temática da plantação de eucalipto para abastecer as grandes indústrias de celulose e biocombustível.
Quase um minuto de aplausos foi a resposta da plenária, depois da fala do representante da Associação Gaúcha de Proteção Ambiental (Agapan), Sebastião Pinheiro. O alerta foi para a intenção dos grandes pólos internacionais, em produzirem etanol à base de eucalipto. Para ele, o petróleo está “condenado” e agora se busca o recurso da biomassa para a produção de líquidos. Sebastião citou como exemplo a ‘Standard Oil Company’ - o maior truste petrolífero dos Estados Unidos. “Essa briga é lá em cima, mas é de todos nós”, disse. De acordo com ele, plantar eucaliptos é muito rentável financeiramente, porque em sete anos já se está colhendo os resultados.
Para Sebastião o Brasil está sendo usado para uma produção em larga escala, que atenda aos interesses dos grandes barões imperialistas. “Estamos fazendo a terceira Revolução Verde, sem saber”, afirmou. “Isso é diabólico, terrível!”, dramatizou. Sebastião lançou para o debate: “vamos ver se a polêmica vai ser o eucalipto engolidor de água ou o geneticamente modificado”.
O representante do MST, Luiz Pedroso falou da “grande peleia travada entre os exploradores e os camponeses”. Segundo ele, o governo quer impor um estilo de consumo e de comportamento aos agricultores. Para Pedroso, o capitalismo chegou a todos os cantos do planeta, com o Grupo dos 7 (G7). Para ele, esse grupo força uma globalização neoliberal desregulada e acaba “repartindo o bolo do lucro sobre a exploração”. De acordo com Pedroso, os organizadores resolveram explorar o Brasil pelos eucaliptos. “O Brasil sempre foi fornecedor de matéria-prima”, esse é mais um exemplo, contestou. “A Mata Atlântica já foi destruída para plantar soja. Agora querem destruir o pampa para a monocultura de eucalipto”, afirmou Pedroso.
O mau planejamento = problemas estruturais
“A besta do apocalipto” é a definição trazida por Patricia Binkowiski, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), que falou das conseqüências da monucultura do eucalipto no contexto social. A definição apresentada surgiu em Caravelas, na Bahia, quando foi ocupado 83% de terras agricultáveis para a produção de eucalipto, gerando diversos problemas sociais, econômicos e ambientais na localidade. Patrícia abordou a fragilização do espaço rural, o que provoca a migração do agricultor familiar. Além de problemas estruturais como o desemprego e a pobreza.
Patrícia também reproduziu as estratégias de marketing, existentes em Porto Alegre, sobre a Aracruz Celulose – que é responsável por 27% da oferta global e possui plantações nos estados do Espírito Santo, Bahia, Minas Gerais e Rio Grande do Sul. “Eles falam do desenvolvimento sustentável, da arborização”. Patrícia citou o exemplo de uma rádio da capital que tratava como “a fantástica fábrica de celulose”. Segundo Patrícia, as conseqüências desse processo geram mudanças na identidade cultural do gaúcho. As questões são: Será que o bioma pampa vai suportar? A quem interessa todo esse “desenvolvimento”? Patrícia afirmou que é “inconformista” e que não se dobra ao modelo de conjuntura apresentado no momento.
Isso tudo pode acontecer se não houver o zoneamento ambiental, que foi o tema da explanação do representante da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam), Paulo Duarte. De acordo com ele, o planejamento é o fator fundamental para a manutenção da paisagem natural e as práticas de manejo. Paulo falou da prática da silvicultura - criação e desenvolvimento de povoamentos florestais, satisfazendo as necessidades de mercado -, que foi incluída em 2004. Segundo Paulo, tudo deve ser criteriosamente analisado para o bom desenvolvimento ambiental, econômico e social da população de determinada localidade.
A universidade é o instrumento de desenvolvimento das empresas
O interesse das empresas de celulose nas Universidades foi apresentado por Luiz Rampazzo, do Centro de Estudos Ambientais (CEA), com o trabalho intitulado: Desertos Verdes e Pólos de Celulose na Metade Sul. Rampazzo contou que as empresas vão dentro de uma universidade do Sul do Estado, buscar cientistas para desenvolverem estudos “Chega a ser promíscuo”, contesta. Para ele, a monocultura não tem diversidade e não é florestamento, muito menos reflorestamento. “Isso tudo é uma indução ao erro”, alerta. Rampazzo afirma que o desenvolvimento sustentável só será possível com uma ecologia equilibrada, socialmente justa e economicamente viável.
FONTE: http://www.sedufsm.com.br/index.php?page=noticias¬icia_id=365
DATA:02/06/07
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