quinta-feira, 31 de maio de 2012

Servidores técnico-administrativos da UFSM aprovam indicativo de greve!

Assembléia dos servidores técnico-administrativos da UFSM aprovam indicativo de greve a partir de 11 de junho! A decisão será avaliada em Plenária da Fasubra.

Mais de 200 presentes, a assembleia reforça o movimento grevista, agora as três categorias estão em greve, professores, estudantes e servidores técnico-administrativos!

A situação é grave, a solução é a greve!



"TAEs aprovam indicativo de greve na UFSM para o dia 11 de junho. Decisão será avaliada em Plenária da Fasubra":

Fonte: Assufsm

quarta-feira, 30 de maio de 2012

Estudantes da UFSM entram em greve!

Hoje 30 de maio, mais de 500 estudante da UFSM, reunidos em assembleia decidiram entrar em greve! 

Na maior assembleia dos últimos anos na UFSM, os estudantes de todos os campi da Universidade responderam com mobilização e unidade à reforma universitária do Banco Mundial, gerenciada pelo governo Dilma.

O movimento dá sequência às reivindicações defendidas na ocupação da reitoria de 2011, incorporando novas demandas e em apoio às pautas das demais categorias, inclusive em apoio à greve dos professores.

Nesta quinta-feira, amanhã, os servidores técnico-administrativos em educação também realizam assembleia.



terça-feira, 29 de maio de 2012

O conteúdo de classe das diversas reformas e as ilusões governistas

Latuff. "Prioridades do Governo"
"esse remédio jamais vai curar
esse remédio eu conheço, é aspirina
isso só faz com que a cabeça descanse em paz
enquanto a confusão contamina"
(Acústicos & Valvulados)


A falsa dicotomia: soluções estruturais (universalização) versus soluções imediatas (focais)

Uma das grandes confusões semeadas conscientemente pelas direções reformistas é dicotomizar, criar falsas contradições, entre soluções universalizantes e soluções pontuais, falsas contradições entre “hoje” e “amanhã” para camuflar o conteúdo de classe das diferentes reformas. Na literatura revolucionária este assunto foi ampla e profundamente enfrentado no início do século passado e ficou sintetizada a posição revolucionária em textos como O Estado e a Revolução (Lênin, 1918) e Reforma ou Revolução (Rosa Luxemburg, 1900).

As classes exploradas e oprimidas no capitalismo construíram várias formas de luta, desde soluções pontuais até às mais universais. A solução mais geral que o proletariado construiu é a revolução socialista rumo a uma sociedade sem classes. Ao contrário da propaganda reformista, na verdade a revolução socialista NÃO implica em deixar de fazer reformas, IMPLICA em articular as reformas com o fortalecimento do proletariado contra o capital, rumo à emancipação política do primeiro. É fundamental então indagar sobre o conteúdo das REFORMAS, pois há reformas e reformas. Assim como o Estado tem um conteúdo de classe, as reformas também.

A classe capitalista, madura em conservar seu domínio, articula sistematicamente reformas que, conforme a máxima “oferece anéis para preservar os dedos”, procura neutralizar a luta revolucionária. Ocorre que o reformismo não distingue as reformas, suas direções fazem isso de forma consciente, porém muitos desavisados são enganados por esta sutileza. Na prática, os coletivos vão “intuindo” sobre esta incapacidade do reformismo em orientar uma estratégia revolucionária. Esta “intuição” revolucionária, ocorre de muitas formas, uma dela é a negação da práticas e/ou da organização do reformismo. Só com um grau mais elevado de consciência revolucionária é que se tem clareza sobre as implicações estratégicas do reformismo. Dado o seu potencial desmobilizador, é fundamental enfrentá-lo, tanto nos atos quanto nas palavras.

Para a Universidade brasileira, o capital tem um projeto de reformas que procura transformá-la de “fordista” em “toyotista”, ou seja, uma reforma burguesa para adequá-la às necessidades de 4 grupos (pelo menos):

- Capitalistas da educação privada (ProUni);

- Capitalistas de outros setores, como o industrial (ReUni);

- Banco Mundial (formulador burguês internacional para o setor educacional);

- Burocracias sindicais e outros agrupamentos reformistas integrados ao Estado burguês.

Este bloco conservador e gestor do Estado burguês no Brasil, incorpora, portanto, além das frações dominantes da burguesia, o reformismo "neo desenvolvimentista", a "pequena burguesia política" (ou social-democracia retardatária), que tem o PT como um de seus principais expoentes. A orientação estratégica deste partido se diz “socialista”, mas não ultrapassa os limites do capitalismo e é a mais adequada forma política para gerir o capitalismo na atual conjuntura, exatamente pelo seu conteúdo reformista que confunde e desmobiliza a luta por reformas que fortaleçam o proletariado e classes apoio.

A estratégia que orienta este campo político, chamada “Democrática e Popular”, segundo a qual “proletariado é que deve realizar as 'tarefas em atraso' da 'revolução burguesa no Brasil'” não tem nenhuma contradição fundamental com o projeto de reformas do capital, pois as “tarefas em atraso” são uma gelatina desligada da necessidade de fortalecimento estratégico do projeto socialista. As “tarefas em atraso” que tentam “enquadrar” o diverso desenvolvimento do capitalismo numa mitológica “revolução burguesa clássica” (francesa) são o verniz popular do projeto burguês.

A confusão criada pelo reformismo é eficiente para capturar as reformas e amputá-las de seu potencial transformador, comprimindo as demandas concretas das classes subordinadas aos limites da ordem capitalista.

O reformismo perde fôlego exatamente quando apresenta sua incapacidade para resolver problemas e começa a ser empurrado, tensionado, pela base. Isso aparece inicialmente como “incompetência da direção” e mais tarde se revela numa profunda limitação estratégica.

Como apenas uma parte do movimento reformista possui consciência de si, consciência da própria limitação, muitos militantes ilusidos entram em crise, dado o constrangimento gerado pela contradição entre o discurso e a prática reformista. Por exemplo, quando uma categoria deflagra uma greve e o reformismo precisa atuar na desmobilização sem assumir que é contra greve.

Para a Universidade brasileira o reformismo tenta legitimar o projeto do Banco Mundial (do capital) “argumentando” que ocorreram “avanços” (reformas) e camuflando o resultado geral do processo: concessões mínimas em troca da desmobilização, mantendo as reformas nos limites da ordem.

Direções experimentadas e militantes ingênuos tentam desqualificar a posição revolucionária, os primeiros por interesse e os demais por ignorância, “justificando” que os reformas são mudanças dentro da ordem e portanto não há reforma revolucionária, mas apenas “reformas”. Como resultado lógico (não real) temos que "todo avanço é defensável", eis o engodo reformista.

Uma maneira de demonstrar claramente as diferentes reformas é comparar a posição reformista sobre a Universidade e o posição do movimento que mantém as bandeiras históricas das categorias:

O reformismo: “já foi pior”, “nunca antes na história deste país”, “estamos avançando” etc.;

Contraposição de esquerda: qualificar e articular reformas pontuais com soluções universalizantes.

Quando vencidos no debate político, os militantes ingênuos iludidos pelo reformismo, retrucam com uma pergunta maravilhosa: “então, o que fazer?”.

A resposta é:

- Exigir e lutar por solução reais para os problemas enfrentados pelas classes subordinadas até o ponto onde o capitalismo tem seus limites expostos, revela-se então seu conteúdo de classe, sua incapacidade de resolver os problema fundamentais da humanidade. Esta exposição atenderá a vários objetivos que o reformismo é incapaz de atender:

Tal solução é pedagógica, educa sobre a realidade atual e a necessidade das mudanças (eleva a consciência de classe); Fortalece a organização das classes subordinadas, cria formas novas e germinais do futuro poder, fortalece as já existente e adequadas e ajuda a superar formas inadequadas;

Possibilita as reformas, pois o reformismo é incapaz de alcançar grandes avanços, pois não ameaça o status quo.

A revolução começa no capitalismo e só se completa com a superação dele! Para isso é necessário, estudar, organizar e lutar! Sem ilusões reformistas!

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Para uma leitura mais aprofundada sobre as estratégia das organizações no Brasil:

domingo, 27 de maio de 2012

Universidade em Movimento: Todo apoio a greve docente

União da Juventude Comunista (UJC) apoia, e sua militância participa de forma ativa, da greve nacional dos docentes das IFES deflagrada pelo ANDES-SN. Apoiamos a pauta de reestruturação da carreira e melhores condições de trabalho e repudiamos a intransigência do governo, que se recusa a negociar de maneira efetiva o projeto de carreira apresentado pelo Andes há mais de um ano.

Também se mobilizam estudantes e técnico-administrativos, em apoio aos professores, sem perder de vista as suas pautas específicas. Isso ocorre como resultado das péssimas condições de trabalho e estudo, fruto da expansão universitária recentemente implementada (REUNI) e dos sucessivos cortes orçamentários na Educação realizados pelo governo Dilma.

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Professores (as) da UFSM em assembleia deflagram greve!

Mais uma universidade em greve!

Professores da UFSM (Universidade Federal de Santa Maria) em assembleia da categoria deflagraram greve!

UJC Santa Maria.

Leia na página da SEDUFSM:
http://sedufsm.org.br/index.php?secao=noticias&id=980

domingo, 20 de maio de 2012

Nota da UJC Santa Maria sobre a eleição do DCE da UFSM - 2012



"Poderão cortar as flores,


mas não poderão impedir


que chegue a primavera"


Pablo Neruda


Pela primeira vez na história recente do Movimento Estudantil (ME) na UFSM a esquerda se unifica em torno de um consenso programático para enfrentar o governismo. Unidade que se esboçou na ocupação da Reitoria em 2011 (e também no CEB onde a atual gestões do DCE liderou uma articulação fura-greve), mas que ganhou força no pré-eleição onde as forças discutiram suas posições sobre universidade, educação, governo, estado/sociedade, ME, UNE etc.

Além de unificada em torno de um programa avançado, a esquerda conseguiu discutir projeto com o conjunto estudantil e em unidade com as demais categorias como nunca havia conseguido antes.

Vencemos o debate de projeto e esta vitória se expressou no apoio dos estudantes à chapa Caminhando Contra o Vento, que resultou na nossa vitória em Santa Maria (parcial: 1343 x 1545). Não vencemos onde não conseguimos fazer a discussão, Frederico Westphalen, Palmeira das Missões e Silveira Martins (geral: 2022 x 1635). Porém, a vantagem em votos obtida pela situação nos demais campi não expressa a realidade política daqueles locais. A ausência de debate mais aprofundando impediu que o coletivo estudantil percebesse que os problemas na UFSM estão ligados diretamente ao projeto de universidade defendido pela atual gestão e que portanto o PT é incapaz de dar consequência às suas demandas reais.

Nossa discordância com o campo governista nada tem a ver com a livre associação em partidos, nada tem a ver com a liberdade de pensamento e escolha. Discordamos de um projeto de educação que destina 2,9% do orçamento para educação enquanto transfere 50% do orçamento para banqueiros. Discordamos do Projeto Democrático e Popular encabeçado pelo PT, na medida que este é o atual gestor do projeto do Banco Mundial (e mega-empresários) para a educação e atua no sentido de refrear a luta estudantil e dos trabalhadores para salvaguardar “um lugar confortável no gabinete”.

É fundamental dar continuidade ao processo de construção de uma alternativa ao governismo na UFSM. A unidade deve se ampliar a todos os espaços onde é possível fazer uma disputa de projeto em condições que favoreçam a reconstrução do ME pela base. Pois mesmo que a atual força que hegemoniza o ME na UFSM, uma determinada corrente do PT, esteja praticamente desaparecida Brasil afora, aqui na UFSM ainda possui algum fôlego. Além do mais o Projeto Democrático e Popular não tem o PT como único defensor e é preciso enfrentá-lo em todas as suas variantes.

A unidade permanente da esquerda deve se ampliar para além dos grupos que a compõe incorporando os estudantes que estão dispostos a apoiar o programa e enriquecê-lo. Sem rebaixamento político, evidentemente. Para tanto é fundamental aprofundar e ampliar o debate sobre modelo de universidade, educação, estado e sociedade, assim como a consolidação de uma agenda comum de ação.


UNIÃO DA JUVENTUDE COMUNISTA – UJC. SANTA MARIA, RS.

Maio de 2012



(Acesse o Jornal VOZ ATIVA no 03: AQUI...)

quarta-feira, 16 de maio de 2012

UJC: COMUNICADO 004

UNIÃO DA JUVENTUDE COMUNISTA
FEDERAÇÃO MUNDIAL DAS JUVENTUDES DEMOCRÁTICAS
COMUNICADO 004 – MAIO DE 2012
  1. Delegados ao VI Congresso Nacional da UJC
  • O número de delegados ao VI Congresso Nacional da UJC foi baseado no cadastramento nacional unificado feito em parceria com Coordenação Nacional e as Coordenações Estaduais. Respeitou-se o seguinte critério de participação: 01 delegado para cada 03 militantes cadastrados no estado; suplentes na proporção de 01 para cada 02 delegados eleitos no processo de conferência. Ressaltado o caso dos estados em que as coordenações estaduais não enviaram o cadastramento dos seus militantes dentro do prazo, ou nos estados em que a UJC está em fase de reorganização, o número de delegados foi determinado pela Coordenação Nacional da UJC, junto com a Secretaria Nacional de Juventude (SNJ).