Depois de um processo de mobilizações que culminaram no Ato "Prata receba meu recibo", ocorrido dia 17/08, iniciou-se uma vigília no hall da reitoria. Essa vigília teve como objetivo fazer com que o Reitor Álvaro Prata se manifestasse publicamente a respeito dos problemas que se tornaram evidentes desde o final do semestre passado, com a falta do R.U., e da B.U., demonstrando a precarização da estrutura universitária.
No processo de negociação estabelecido durante a vigília obtivemos algumas conquistas, como o posicionamento do reitor contra a redução de vagas na UFSC. Porém, o corte de vagas também ocorre de forma indireta, através da falta de políticas de permanência, fazendo com que muitos estudantes abandonem seus cursos.
Por isso exigimos que se faça, ao menos, um reajuste da bolsa permanência com base na inflação ocorrida entre 2008 e 2010, que eleva a bolsa à R$470,00, democratizando assim o acesso e a permanência ao ensino superior.
O aumento proposto pelo reitor sequer atende este reajuste inflacionário. Sua proposta, de R$420,00, não somente é insuficiente, mas também é falaciosa, pois, se baseia na redução do número de bolsas.
Durante toda sua gestão o Prof. Prata não concedeu nenhum reajuste da bolsa permanência e o aumento do número dessas não acompanhou o processo de expansão de vagas ocorrido na universidade durante o mesmo período.
Como o reitor se nega a atender este pedido os estudantes em assembléia, no dia 25/08, votaram por ocupar a reitoria. É preciso deixar claro: não estamos tomando nenhuma atitude precipitada ou autoritária como afirmou o Prof. Prata, em nota publicada à comunidade.
O instrumento da ocupação só foi utilizado diante da constante negativa do reitor em atender a reivindicação de ajuste da bolsa permanência e as demais pautas. Esta é uma decisão interna da universidade (orçamentária) e só depende das prioridades da reitoria. Em nenhum momento nos negamos a ouvir o reitor e mesmo em ocupação reiteramos que estamos abertos ao diálogo e às negociações.
Somente nos manifestando e pressionando a reitoria de forma enfática é que teremos nossas reivindicações atendidas.
A ocupação é um instrumento legítimo utilizado pelo movimento estudantil para conquistar suas pautas de luta. Esperamos que toda a sociedade compreenda que esta não é uma luta só dos estudantes mas de todos aqueles que defendem o ensino público, gratuito, de qualidade e de amplo acesso.
Não é a ocupação da reitoria que prejudica os estudantes, como afirmou o Reitor, mas sim a falta de estrutura e sua irresponsabilidade administrativa e política que precarizam o ensino. Não estamos exigindo nem menos, nem mais, apenas o que nos é de direito.
Convidamos todos a construir essa luta conosco!
Assista o vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=i0La7cF42jI
Fonte: PCB
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