sábado, 4 de julho de 2009

Honduras vive ”enorme” expectativa, diante do retorno de Zelaya

Golpe em Honduras

Sem se importar com as medidas repressivas, o toque de recolher e a suspensão das garantias constitucionais, “a mobilização tem sido espontâneas (…) as pessoas chegam pouco a pouco e se dá o processo pelo qual as pessoas, apesar da repressão para que não se manifestem, seguem fortes e pedem dignamente que se restitua o governo” constitucional, disse o assistente do presidente Manuel Zelaya, Eduardo Reina.

Eduardo Enrique Reina, assistente do presidente constitucional da Honduras, Manuel Zelaya, disse a Telesur, com exclusividade, que a expectativa no povo centro-americano é “enorme” pelo regresso do chefe de Estado ao seu país, após o golpe do último domingo, quando ele foi raptado e deportado para a Costa Rica.

“Há uma grande expectativas do povo hondurenho pelo regresso de Manuel Zelaya”, disse Reina, acrescentando que o os apoiadores do presidente estão dispostos a acompanhá-lo na sua chegada, independentemente das ofertas feitas pelos presidentes da Argentina, Cristina Fernández e do Equador , Rafael Correa, além da Prêmio Nobel da Paz, a guatemalteca, Rigoberta Menchú.

Reina também disse que o Secretário Geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), Jose Miguel Insulza, que chegou em Tegucigalpa nesta sexta-feira, para informar o governo golpista da expiração do ultimato emitido pela organização, para a restituição de Zelaya, “se reunirá com setores do país que defendem o presidente constitucional”.

O assessor presidencial denunciou que muitas autoridades governamentais do país centro-americano não tem se pronunciado “por medo, porque não têm a quem denunciar as violações dos direitos humanos, porque o comissário, que foi nomeado por Roberto Micheletti, esta dedicado a defender a violação dos direitos humanos”.

Em seguida, Reina precisou que na sexta-feira – em meio as expectativas do retorno de Zelaya -, estava sendo conduzindo uma grande manifestação, espontânea, na capital de Honduras. No entanto, denunciou que um dos principais problemas tem sido o “cerco midiático interno que não permitem que as pessoas se interem de muitos temas”.

Neste sentido, a mídia tem convocado, por ordem do governo golpista, uma manifestação de apoio às suas ações violentas e ilegais. Medidas que contrastam com os protestos espontâneos pelo retorno da democracia.

Para este fim, os golpistas “estão utilizando recursos estatais, e (as manifestações pró-golpistas) estão sendo mobilizadas e protegidas pelas Forças Armadas”. Entretanto, as pessoas que querem chegar a Tegucigalpa, para demonstrar apoio a Manuel Zelaya, “foram detidos em vários departamentos”.

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Original em: TELESUR (texto completo em espanhol).
Tradução do trecho: Robson

FONTE: http://convencao2009.blogspot.com/2009/07/expectativa-em-honduras.html

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