quarta-feira, 1 de julho de 2009

O povo hondurenho resiste, Zelaya retornará acompanhado de Insulza, Cristina Kitchener e Rafael Correa

Golpe em Honduras

Os hondurenhos que apóiam o presidente Manuel Zelaya, estão se mobilizando do interior do país para chegar a Tegucigalpa, para juntar-se as pessoas que exigem o regresso imediato da ordem constitucional. “O exército do povo se colocará a frente do exercito da repressão, não transportam armas, só levam o espírito de luta e defesa da democracia”, disse a Telesur, o líder social Freddy Vega.

Detalhou que, frente o silêncio da mídia, tem sido através de mobilizações em todo o país que tem sido despertado o espírito de “resistência” de todos os hondurenhos. Ele observou que nenhuma escola voltará às atividades até que Zelaya retorne.

Vega informou a realização de várias assembléias de cidadãos, nas quais se determinará o plano de ação para receber o presidente Manuel Zelaya, que anunciou que retornará ao país com o Secretário-Geral da OEA, José Miguel Insulza, a presidente Argentina Cristina Fernandez e o presidente do Equador, Rafael Correa.

“Chegaremos a todos os rincões do país, porque tomamos a decisão de avançar até Tegucigalpa. Vamos em avanço, em cada comunidade estamos mobilizando pessoas”, acrescentou.

Ele insistiu que, embora eles saibam que os militares estão esperando para prendê-los e reprimir “continuaram marchando”.

O governo golpista de Honduras manteve a ordem, nesta terça-feira, para que as forças militares continuem reprimindo os movimentos sociais, que estão nas ruas de várias cidades do país para exigir o regresso do presidente Manuel Zelaya, que foi raptado no domingo passado e levado para a Costa Rica.

Eusebio Fernandez, líder popular, detalhou a Telesur que, está agendada para esta quarta-feira, uma mobilização nacional popular, como atividade prévia para receber o presidente Zelaya, na quinta-feira.

“Estamos dispostos a lutar pela democracia. O povo hondurenho está vivo e exige que se restitua o presidente Manuel Zelaya”, acrescentou.

O líder da Via Campesina, Rafael Alegría, declarou à Telesur que “segue a resistência de nosso povo para o regresso do presidente Manuel Zelaya. Neste momento, realizamos uma manifestação bastante grande e no interior do país se mantém a resistência, também está praticamente paralisando a nação”.

“Não há aulas no ensino primário, secundário, o magistério está parado”, disse.

Por sua parte, Rafael Ramirez, um dos presentes na marcha realizada pelos movimentos sociais em San Pedro Sula (a oeste do país), detalhou, em contato telefônico com a Telesur, que os golpistas fecharam as estradas nessa localidade, para impedir os manifestantes se reunissem nesta marcha pacífica.

“Temos tomado a rodovia para Tegucigalpa. Apesar dos golpistas tentarem isolar-nos, estamos numa caminhada massiva, para fazer respeitar a democracia, com esta manifestação que partiu de Santa Bárbara (noroeste) para Tegucigalpa (sudeste)”, disse ele.

O titular da Coordenadora de Movimentos Sociais de Honduras, Lutero Castillo, anunciou que já começam chegar em Tegucigalpa “reforços populares” em apoio a Manuel Zelaya, a quem reconhecem como único governante do país centro-americano.

“Hoje se somou novos contingentes de companheiros deslocados de diferentes partes do país, indígenas e afros descendentes”, comentou Castillo em um contato por telefone com a Telesur.

“Em todo o país existe um forte movimento popular” e na capital “todas as organizações populares decidimos retomar as concentrações”, repudiando Roberto Michelleti, forçando o Congresso recolocar Zelaya em seu posto.

Fonte: Telesur.

Tradução: Robson

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